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EDILSON OLIVEIRA DE CARVALHO
( Brasília – Brasil )
Ator, bailarino e professor de dança contemporânea.
Mestre em Artes Cênicas pelo programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da Universidade de Brasília (2017).
Graduado em Artes Cênicas também pela UNB (1999).
Tem experiência na área de Artes Cênicas, especialidade Dança, com ênfase em dança contemporânea, atuando principalmente em criação coreográfica, formação de intérpretes de dança e teatro, direção de espetáculos de dança. É diretor artístico, coreógrafo e intérprete do "dançapequena - grupo de dança contemporânea". Como bailarino, desde 1996, dançou com grandes companhias de Brasília, como a Anti Status Quo companhia de dança e o baSiraH - núcleo de pesquisa em dança contemporânea, tendo participado de várias produções dessas companhias e de vários festivais no Brasil e no exterior, como na Inglaterra e Costa Rica. Como coreógrafo, desde 2000, montou mais de oito espetáculos de reconhecimento local e nacional, tendo participado de diversos festivais de dança e teatro locais e pelo Brasil.
Atua ativa e ininterruptamente como professor de dança contemporânea desde o ano 2000, e colabora como preparador físico, provocador artístico, coreógrafo e orientador de grupos de dança, teatro e circo de Brasília, e com grupos de pesquisa acadêmica com interesse pela dança e pelo movimento, como o NEM-Núcleo de experimentação do movimento (UNB) e Cia. Márcia Duarte (UNB). Realizou duas residências artísticas na França, a primeira no Centre National de Danse Contemporaine d'Angers, Angers, em 2000, e a segunda no Centre International d'accueil et d'échanges des Récollets, Paris, em 2010. Em ambas as residências efetuou trocas artísticas e colaborou com coreógrafos e artistas franceses.
Informações coletadas do Lattes em 26/06/2020 – ESCAVADOR
ANTOLOGIA. 2º. Concurso de Poesia 1992 . Brasília: Sindicato dos Escritores no Distrito Federal – SEDF, Cultura Gráfica e Editora, 1992. Apresentação: Menezes y Morais. 106 p. 15 x 21,5 cm.
Ex. bibl. Antonio Miranda
SÁBADO, PROSTITUTA, DOMINGO, BEATA
Sábado, 20 horas.
O moço
Beijou-a toda.
Tirou-lhe a roupa.
Tornou-a vil.
Partiu.
Sábado, 21 horas e 15 minutos.
Veio o vagabundo
Tocou-lhe os seios.
Beijou-lhe o ventre.
Não conseguiu.
Sumiu.
Sábado, 21 horas e 47 minutos.
Eis que chegou o virgem
Que a desejava
A tempos mil.
Tremeu entre as pernas.
Fugiu.
Sábado, 22 horas e 47 minutos.
O vovozinho entrou no quarto.
Beijou-lhe as coxas.
Sorriu
Mijou nas calças.
Caiu.
Sábado, 23horas e 15 minutos.
Chegou a vez do pastor.
Orou.
Sermão ela ouviu.
Converteu-se entre rezas e santos.
À missa do domingo
Assistiu.
Domingo, 8 horas e 13 minutos.
Atrás da Igreja
Com
o coroinha...
POEMA PARA UM SUICIDA
Um grito acordou-me à noite.
Vomitei pela janela todos os sonhos doloridos.
Os fantasmas do dia virão buscar-me.
É minha única certeza.
Porém inda estão longe,
Pois o parto da noite continua no alto.
Sonhei tocá-lo com os lábios.
Mas está tudo lá embaixo agora.
Breve estarei também
O silêncio está acordado.
Não gosto do silêncio.
Ele acordou-me gritando horrendamente.
Ele tem pressa de buscar-me
Mais que os fantasmas do dia.
Quando ele chega digo-lhe que estou pronto.
Meu quarto empurrou-me pela janela.
As coisas acontecem na calçada, lá embaixo.
Lá embaixo os sonhos foram-se.
Eles ainda têm tempo
Pois os fantasmas do dia não chegaram.
Na calcada um corpo permanece.
Um gato lambe-lhe os lábios e se vai.
A noite começa a partir, virá mais tarde parir a lua.
Tudo se vai.
Vão os sonhos.
Vai-se o gato.
Vai-se a noite.
Mas eis que chegam os fantasmas do dia,
Não percebem o corpo pálido na calçada.
O corpo está totalmente frio.
O rosto contraído pelo silêncio.
Parece que sempre odiou o silêncio.
Os passos começam sobre a calçada.
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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/distrito_federal/distrito_federal.html
Página publicada em março de 2022
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Página publicada em março de 2022
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